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GOGÓ DA EMA SE DESTACA ENTRE AS MELHORES CACHAÇA DO MUNDO

Empresa também foi lembrada em publicação sobre os melhores destilados de cana-de-açúcar do Brasil

Você sabia que a melhor cachaça do mundo é fabricada em Alagoas? Pois é. Reconhecida internacionalmente após ganhar a medalha de ouro no “Concours Mondial de Bruxelles”, em 2013, a cachaça Gogó da Ema é produzida, de maneira artesanal, em alambique de cobre, no município de São Sebastião (AL). Em dezembro de 2014, o Alambique Gogó da Ema ficou entre os 50 melhores alambiques de cachaça do Brasil, no livro “Cachaça - Engenhos de Ouro”, criado para qualificar o nível de excelência do destilado genuinamente brasileiro.

livro “Cachaça - Engenhos de Ouro” (Editora InBook) foi escrito por Renato Frascino, um dos maiores especialistas em degustação de bebidas do Brasil. Através da obra, o pesquisador visa valorizar os empresários que buscam a excelência, alto controle de qualidade e higiene, e respeitam seus clientes no país e mundo afora. Henrique Tenório, dono da Cachaça Gogó da Ema, se encaixou no perfil entre os estudados pelo autor.

O começo da Gogó da Ema

A ideia surgiu com Waldir Tenório, pai de Henrique Tenório, atual gestor do negócio. Ele buscava algo que tornasse sua fazenda autossustentável. Foi aí que, no ano de 2002, Waldir visitou vários alambiques, em Minas Gerais, e concluiu o curso de “Especialização em Tecnologia da Cachaça”, na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Em 2004, o pai de Henrique projetou e construiu o próprio alambique, e começou a produzir o destilado no mesmo ano.

No ano seguinte, Henrique Tenório iniciou o processo de criação, layout e registro da marca, estudando embalagens e rótulos. Em 2006, ficou definida a marca “Cachaça Gogó da Ema”, inspirada no símbolo cultural e turístico de Alagoas, o coqueiro histórico denominado Gogó da Ema, localizado, à época, na orla da praia da Ponta Verde, em Maceió, que recebeu esse nome por parecer com o pescoço de uma ema.

“Só comecei a administrar o negócio em 2008, após todo o processo de legalização e registro da marca. As vendas e a distribuição dos produtos só começaram em 2009”, contou Henrique Tenório.

Capacitações e busca pela qualidade

O jovem empresário afirmou que, em 2011, assim como o seu pai, fez um curso em Minas Gerais, que o ajudou a entender ainda mais sobre o processo de fabricação e produção da cachaça. Outro fator importante para o crescimento da Gogó da Ema foi a participação em consultorias como de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), Programa de Aceleração da Competitividade (PAC), Estruturação Comercial e Plano de Internacionalização e Diagnóstico Financeiro Simplificado.

O empresário também lembrou que os cursos e capacitações do Sebrae em Alagoas foram fundamentais para que sua empresa se tornasse reconhecida em nível nacional. “Participei de vários cursos do Sebrae, mas o Empretec ajudou a mudar minha visão empresarial. O treinamento foi fundamental e causou uma verdadeira reviravolta na administração da Gogó da Ema”, destacou.

De acordo com Agda França, analista da Unidade de Acesso a Mercados (UAM) do Sebrae em Alagoas, a empresa também está inserida na Rede Nacional Comércio Brasil, que busca criar aproximação comercial entre as micro e pequenas empresas e novos canais de comercialização. A analista ressaltou sobre a constante busca pela excelência da empresa.

“Observamos que a Gogó da Ema consegue aplicar tudo o que os consultores indicam. Como esse é um trabalho de troca, isso contribui bastante para que o negócio se torne maior e obtenha cada vez mais destaque no mercado”, frisou Agda França.

Mais reconhecimento

Além de ganhar o concurso internacional e ser reconhecida no livro sobre os melhores alambiques, a Gogó da Ema também ganhou medalha de bronze na Expocachaça, em 2013, e de prata, em 2014. O reconhecimento também é feito através das vendas. Atualmente, a empresa conta com seis produtos, que são vendidos em 10 estados do Brasil, entre eles Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Henrique Tenório, que também é dono da Adega do Farol, localizada no bairro do Farol, em Maceió, e já teve outros negócios, falou sobre empreendedores que querem iniciar um negócio novo e, assim como ele, serem reconhecidos pelo esforço, dedicação e qualidade.

“A vontade de crescer tem de ser essencial. Quem quiser empreender tem que gostar do que está fazendo, gostar do seu próprio negócio. Se gostar de verdade, nem vai parecer que está trabalhando. Será algo natural. É fundamental aprender com as capacitações e buscar sempre inovar”, concluiu o empresário, deixando um recado para quem quer abrir um negócio próspero e lucrativo.