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Empresário alagoano é destaque em concurso mundial de destilados

Produzindo cachaça há quatro anos, o empresário Henrique Tenório foi um dos destaques do Concurso Mundial de Bruxelas (CMB), ocorrido no início de julho. A versão brasileira do evento já chegou à sua 10ª edição nas categorias vinhos finos e destilados. Nesta, o jovem empreendedor venceu com medalha de ouro. Este ano, foram avaliadas mais de oito mil amostras de várias regiões produtoras do País.
 
Segundo Tenório, que já participou de várias feiras organizadas pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/AL), o motivo para o sucesso se dá pelas oportunidades e a busca pela qualidade do produto. “A Federação [das Indústrias de Alagoas] é parte importante para o reconhecimento do meu trabalho. Muitos empresários acreditam que o objetivo dos eventos é apenas fechar negócio com compradores internacionais. Eu acredito nos contatos feitos e na apresentação da minha cachaça para o mercado. Coisas que não seriam possíveis sem o apoio do CIN e da Fiea”, informou.
 
Após o concurso, o produtor de cachaça também destacou, durante entrevista realizada na Casa da Indústria, a parceria feita com a prefeitura do município de Barra de São Miguel. De acordo com ele, o objetivo da empreitada é difundir a bebida no Estado – que ainda não é muito consumida nos bares e restaurantes –, além de investir no turismo alagoano. Para tal, serão distribuídas remessas da cachaça denominada de ‘Gogó Beach’ com a logomarca de pontos turísticos e praias de Alagoas.
 
“O alagoano não possui o hábito de beber cachaça, e isso muitas vezes se deve à falta de propaganda. Atualmente, a maior parte do faturamento da cachaça Gogó da Ema é de compradores de outros estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais”. Por isso, estamos apostando em iniciativas como essa”, esclareceu.
 
Para os amantes da aguardente, uma dica importante é frequentar a adega do produtor, situada no bairro do Farol, onde são oferecidos cerca de 200 rótulos da bebida envelhecida em bálsamo, jequitibá e “descansada” em inox.
 
Histórico – Amantes da cachaça, Henrique e seu pai resolveram investir na fabricação própria da bebida, ideia iniciada em 2004. Começaram fabricando a cachaça envelhecida em bálsamo, madeira que leva cerca de quatro anos para chegar ao ponto de consumo. Posteriormente, desenvolveram também em jequitibá. O próximo lote é descansado em inox – processo que leva quase oito anos para obtenção do produto final.